never named |
sábado, 6. novembro 2004
marcelo, sábado, 6 de novembro de 2004 17:48:21 Horário de Verão de Brasília
minha banda preferida é pretty girls make graves, e eu amo o último álbum deles, the new romance. a começar pelo título, porque o velho romance já deu o que tinha que dar. meu prazer em ouvir esse disco é de celebração dos milhões de séculos de evolução cognitiva e sensual, das possibilidades sonoras oferecidas pelos instrumentos musicais de hoje, do contexto histórico-cultural que possibilitou algo assim existir. eu amo as palminhas e os uh-ohs em "something bigger, something brighter", a eletricidade de fato, os versos: "two knucles gone/ bitten from the thumb/ of the digits meant/ to keep us satisfied", que não fazem sentido pra mim mas soam tão bem. amo os vinte e sete segundos de um único acorde em "the grandmother wolf", e as progressões depois disso, e o baixo sozinho por um instante, e o piano no trecho que parece uma contagem regressiva mas ninguém nunca diria isso. amo o terreno preparado por "mr. club", sobre o qual "all medicated geniuses" se ergue, e novamente ergue a si mesmo sobre si mesmo, e mais uma vez. amo a bateria inacreditável de nick dewitt. a canção perfeita, literalmente; vou tirar uma tese disso, algum dia. amo a voz de andrea zollo em "blue lights", que só sai da introdução depois de dois terços de música decorridos. amo as guitarras de "chemical, chemical", o crescendo, a ponte — mermão, imagina isso ao vivo. amo "the teeth collector", que como canção perfeita também tem vinheta ("7."). amo a guitarra incompreensível, cuja criatividade eu pensava não ser mais possível num instrumento tão cheio de vícios. amo como ela poderia ser sem nenhum esforço um reggae — e a revelação que foi abstrair isso do arranjo. amo os acordes do refrão, e o refrão, as viradas. sinto uns vinte tipos diferentes de euforia. amo "holy names", beleza etérea, barulho, eco, poesia. amo "the new romance", punk eletrônico, elitismo, pulo e dança. amo "this is our emergency", guitarra-violino no botão do volume, aquele acorde grave e forte com o qual entra a segunda guitarra. esperança lírica, identificação, rudimentos aleatórios. amo "a certain cemetery", o timbre irritante, o quarto da vocalista, o teclado da segunda parte — mó esquisita essa música; colocaram uma música mó famosa no meio (e eu não me importo que só uma pessoa no mundo entenda essa observação). enfim, estou arrebatado.
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