never named
quarta-feira, 14. dezembro 2005

Aaaaaaaaaahhhhhhhhhh

Putaqueopariu.

Desculpa.

Narrrr, quando vamos fazer nossa festa Sgt. Pépou, afinal? Mas assim, vamos ter que ir de bigode também?

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Calvin

"porque aprender se a ignorancia eh instatanea?"

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Paul e John

Joaquim Ferreira dos Santos

joaquim.santos@oglobo.com.br

John e Paul

"Paul era melhor. Não teve a sorte de morrer jovem e merecer todas as lágrimas que as televisões e jornais verteram semana passada pelos 25 anos dos funerais de John Lennon. É um dos vícios da Humanidade. Privilegiar os mortos, os perdedores, os esquisitões, os que sofrem, os que gritam socorro e ainda por cima encontraram um doido com a arma carregada para lhe arrematar a biografia de herói. John, que Deus o tenha entre as flores do seu campo de morangos, entrou para a História como o beatle que pôs o circo de pé. Não foi bem assim. Os especiais dos canais a cabo, as matérias de página inteira nos jornais disseram que o homem deu substância ao pop. Menos, senhores. John usava óculos, era meio gordinho, foi abandonado pela mãe. Essas coisas imprimem bacana numa camiseta de fundo preto e o seu dono só precisa entrar com o punho fechado mais o suor nas axilas. Dá mina aos montes. Nada disso, no entanto, compõe necessariamente uma música melhor. Paul era o cara, é só ouvir o piano solando “Maybe I’m amazed” ao fundo dessas linhas. Desgraçadamente era um homem bonito, casado com uma loura milionária e tinha aquela mania de fazer delicadas canções solares, getting better all the time , enquanto o colega estava saudando as luzes da Lua. Não fica bem elogiar gente feliz, e os jornalistas sempre souberam sonegar aplausos a Paul. Viva a amargura e a depressão! Vamos dar uma chance à paz, vamos ajudar a Brigitte Bardot a salvar as baleias, vamos acabar com a fome no Brasil. John Lennon, com aquele papo de grito primal, aquela balada para a mamãe morta, os gritos para que o papai voltasse para casa, parece ter sido o sujeito mais complicado dos anos 60. Isso é música para as rotativas. Parem as máquinas porque Lennon largou tudo e convocou o grupo para puxar angústia com o Maharish, um dos maiores salafrários do século. No Brasil, ele seria petista de primeira hora. Cederia ao companheiro Lula os direitos da música que pede poder para o povo. E olhem que quem escreveu “O tolo na montanha” foi Paul.

Eu prefiro Paul McCartney. Respeitosamente como me é de estilo, deixei que as viúvas aliviassem todas as suas lágrimas nas lembranças da semana passada. Esperei que os críticos desovassem suas reflexões e fingissem que não foi Lennon quem compôs “Então é Natal”, essa musiquinha que se alia ao amigo-oculto, ao engarrafamento da árvore na Lagoa e dá vontade a todos de simplesmente pular dezembro. Paul — se é possível dizer que o preto é superior ao branco, se o jornalismo tem entre suas graças abolir essas zonas de sombra e partir para o pau, eu vos digo — Paul foi quem deu o tom. Deu arte-final ao que era apenas descontrole da pélvis. Só agora, neste cantinho discreto, único lugar do mundo onde não está tocando “Imagine”, eu abro o jogo. O janota era quem fazia, good day sunshine , o sol civilizado brilhar na loucura. Sua franjinha podia ser a mais bem cortada, esse tipo de coisa arrumadinha que passa uma impressão muito ruim aos ativistas de esquerda. Mas foi ele quem colocou a orquestra sinfônica no estúdio e bolou a explosão de sons que instaurou a vanguarda no pop com “A day in the life”. Foi ele quem usou a paródia, a colagem e a metalinguagem, como exigiam as últimas notícias do tempo, e fez “Back in the USSR” curtindo com a cara dos vocais dos Beach Boys, o grupo que tanto invejava. Lennon discursava. Afinal tinha passado todos os anos 60 casado com uma loura sem sal de Liverpool e isso dá nos nervos de qualquer um. Um agitador genial. Quando a barra doméstica pesava, a televisão na sala estava alta ou as crianças não queriam dormir, ele escapava nas primeiras drogas do rock. Engendrou textos psicodélicos que até hoje desafiam a paciência do planeta porque ninguém consegue atinar, caramba, o que o cara queria dizer com aquela história de que ele era a vaca marinha num verso e logo no outro que ele na verdade era o homem-ovo. Esquizofrenia é uma arma quente para se conseguir a posteridade artística. Dá, além de camiseta em Santa Teresa, radicalidade intelectual. Paul preferiu caprichar na música. Enquanto eu mudo de parágrafo deixo tocando como exemplo os metais de “Got to get you into my life”.

Eles eram Pelé e Coutinho. Na maioria das vezes, como nos filmes escuros dos 60 em que a dupla infernizava o time do Benfica, ficava difícil dizer quem dava o passe e quem marcava o gol. Ninguém faz “In my life” impunemente, como Lennon nos Beatles, a música ciclâmen que ora dedico à Irene e à Helena, do Jardim Botânico. Lennon escreveu a psicodelia de “Tomorrow never knows”, passou para Paul, que colocou os loops, deu uma mamada em Cage, e deixou a música na cara do gol, num jeitão que ainda hoje soa esquisito. Rolava uma química, a tal sinergia que tanto pede o meu chefe de RH. Quando eles se separaram, no entanto, e o John solo veio de “O herói da classe trabalhadora”, aí a coisa ficou clara. O Pelé era Paul. Foi ele, o careta, quem percebeu sofisticação atrás da pancadaria adolescente e explodiu as espinhas do rock. Fez “Yesterday”, uma das três mais bonitas canções de amor do século passado — as outras duas estão em qualquer LP de Sinatra. Fez “Penny lane”, uma crônica suburbana como essas que de vez em quando aparecem aqui, onde havia um barbeiro mostrando fotos de todas as cabeças que ele teve o prazer de cortar. O rock deixou de ter cara de bandido. Lennon — cara de rapaz zangado, 68 em estado bruto, aquele que cantou ser um perdedor — faturou o pôster da rebeldia jovem. Eu posso até não ficar bem na foto do politicamente correto, mas junto a voz aos corações solitários da banda do sargento Pepper. John sozinho era pau. Prefiro Paul. O idiota do Mark Chapman matou o beatle errado."

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terça-feira, 13. dezembro 2005

:D

Bom, hoje eu só vim escrever porque a Narrrs pediu. Na verdade, eu vinha escrever antes, mas fiquei procurando o clipo de "Roupa da Deliverância" e esqueci da vida, além de não ter encontrado nada. Eu fui a única que viu a estréia do clipe no Fantástico lá por 92/93/94? Eu não lembro direito, mas tenho certeza que aparece o Frankenstein...não sei exatamente o que ele poderia fazer lá, mas vai saber, as pessoas têm umas idéias bem boas pra clipes, às vezes. E crianças têm imaginação muito fértil também, que às vezes se mantém até a vida adulta.

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A Lua prateada se escondeu...

... e o Sol dourado apareceu... amanheceu um lindo dia, esbanjando alegria... (Os Mutantes, "A minha menina")

Sim, um post para quebrar a deprimância que aqui toma conta.


Eu ia escrever hoje do Mc, naqueles terminais que têm lá, mas, quando eu digitei o endereço deste blog, deu uma mensagem dizendo que o mesmo tinha conteúdo impróprio, e fechou o site assim.


Hoje às 5h34 tive uma revelação de que "... and through the wire", do Peter Gabriel, não é sobre o amor de um homem por uma mulher que vive no país com o qual o dele está em guerra. É sobre o amor de um homem borderline por uma mulher. Agora algumas coisas fazem sentido.


Vou me ausentar daqui por um bom tempo (na verdade, até o fim dessa semana, mas isso me parece uma eternidade, por eu ter sido tão bem acolhida aqui, obrigada meninos!) para fazer minhas compras de Natal (na verdade, minhas compras se resumem a presentes para mim - por honra e conta da minha vó, que me cedeu o dinheiro - e para as pessoas do meu estágio, porque são pessoas muito boas que também me acolheram muito bem). Então meus queridos, até o dia da minha volta!

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segunda-feira, 12. dezembro 2005

Como assim???

Eu ia, agora mesmo, escrever um post exatamente sobre a mesma coisa que o Pirulito do Zorro. Acho que não preciso falar mais nada então...mundo sem sentido, vida sem sentido, pensamentos completamente estranhos, planos em excesso, pessoas doudas e a criatividade tomando conta de todos os momentos. É, eu realmente não sei de onde veio tanta inspiração. Também não sei o que anda acontecendo com as pessoas...será que sempre foram assim e eu nunca notei? Ou eu é que estou endoidando de vez e vendo coisas onde não tem nada? Afinal, criatividade e loucura estão bem próximas.

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Não entendo...

Eu não entendo o mundo. Eta coisinha gigante mais sem sentido. Faz frio no verão, calor no inverno. A gente tem natal com neve num país tropical. Pato Donald não usa calças mas quando sai do banho enrola a toalha. Um dos antigos Bozos morreu de overdose de cocaína. Vovó Mafalda era um homem. Liberace era gay. A Hebe começou como atriz e cantora, e hoje faz sucesso como apresentadora recebendo.. atrizes e cantoras. Luciana Gimenez não foi nem um nem outra, e seu programa não é nem cá nem lá. Ora é tele-barraco, ora é programete sentimental. Sem nunca ser bom nem ruim, tampouco interessante.

O jeito é ouvir música alta (Bach comanda) pra tentar esquecer. O difícil é lembrar de esquecer, quando o próprio ato de esquecer nos traz a lembrança..... é, eu não entendo o mundo.

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domingo, 11. dezembro 2005

É?

Aqui estou eu novamente. Aposto que ninguém agüenta mais ler essas cousas não-interessantes, mas por enquanto é a única forma que eu tenho para me expressar. Já que as pessoas não me ouvem, que leiam então.

Voltei da peça "Asas" agora há pouco. Eu adorei, foi bem divertido, mas acho realmente que não havia a necessidade da menina ficar completamente pelada. E não, ela não era gostosa, então nem valeu a pena.

No final fui dar um "oi" pro amigo Lúcio. Ah, ele e o Velber eram os meus amores quando eu fazia Artes do Corpo. A gente se matava de rir com qualquer coisa. E uma vez me escondi no guarda-roupa do Lúcio pra dar um susto no Velber...nossa, como eu apanhei aquele dia, meudeus. E sim, todos nós éramos apenas amigos, apesar do Velber perguntar toda hora se eu não queria trocar de namorado.

Hum...ao meu lado tinha um moço sentado, com o perfume bom aquele, CK1. Mas teve uma hora que alguém peidou, veio um cheiro de geladeira assim.

Agora estou falando com a Narr no MSN, maior legal ela. Narr, amo vc, amiga querida! :* E amanhã eu não preciso acordar cedo, mandei um email pra professora falando que vou entregar meu projeto na quarta-feira.

Por hoje é só, acho eu. Se eu não conseguir nanar, volto aqui pra encher o saco. Beijinhos.

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